Segurança Cibernética & Previsões Futuras

Sua empresa está planejando (ou já planejou) sua estratégia cibernética de proteção a dados corporativos e pessoais? 

Por Daniella Vendramini

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Qual é a visão da sua empresa para 2020? Ou talvez 2025?  

Prepara-se para uma explosão de visões de 2020. Praticamente tudo está sobre a mesa quando entramos em uma nova década que será definida pela inovação global e os avanços tecnológicos. Confira abaixo a pesquisa publicada pelo Gartner este ano, 2019, no IT Symposium em Orlando, com algumas previsões já levantadas para além de 2020:

Top 10 Strategic Predictions for 2020 and Beyond



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E essa profusão de previsões oferece uma grande oportunidade para reorganizar planos de negócio, planos de segurança da informação e até mesmo planos de carreira.

O que se pode esperar?

  • Segurança Cibernética na pauta do Comitê Executivo

Ao entrarmos nessa nova década, pode-se esperar que a segurança cibernética estará no centro das discussões executivas. As principais notícias da última década, desde a jornada das revelações de Eduardo Snowden[1] até as violações de privacidade de dados pessoais do Facebook, ensinaram aos CEOs que a segurança cibernética não pode ser considerada apenas no final dos processos de negócio já em produção. Os líderes de negócio reconhecerão que o envolvimento anterior de especialistas cibernéticos pode ajudar a evitar grandes violações de dados que poderiam inviabilizar planos inovadores, prejudicar as operações ou, pior ainda, causar uma perda total da confiança na marca.

[1] Eduardo Snowden é um analista de sistemas, ex-administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da NSA que tornou público detalhes de vários programas que constituem o sistema de vigilância global da NSA americana. Fonte Wikipédia.

  • Privacidade & Proteção de Dados como produto/serviço

Para criar o que se pode chamar de “Privacidade & Proteção de Dados” como um novo produto ou serviço, a empresa precisará saber quais serão os possíveis problemas relacionados a esta esfera – e é aí que entram as previsões de segurança e tecnologia da virada da década, conforme apresentado na figura acima.

Notavelmente, o mercado verá um aumento nas previsões crossover. As pessoas verão anúncios sobre empresas de segurança em parceria com outras empresas inovadoras. Um exemplo prático desta previsão é que se uma empresa de roupas solicitar que o consumidor use um provador virtual, o cliente exigirá que essa interação seja segura e particular. “Então, será que a sua empresa estará pronta para oferecer esse serviço?”

Outros exemplos de previsões crossover incluem aplicativos governamentais, de saúde, automobilísticos com infraestruturas críticas e cada vez mais com conectividade segura.

Como as empresas podem se beneficiar com essas previsões?

As empresas precisarão tomar conhecimento sobre previsões de segurança e tecnologia e agir de forma preventiva e não reativa, famoso “apagar incêndio”.



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Boas perguntas a serem feitas a partir de relatórios e sessões de previsão incluem:

Envolva-se

  • O que nossa empresa está planejando para 2020?
  • Quem está liderando o esforço de proteção ao dado?
  • Como os projetos se comparam às ameaças cibernéticas?

Faça a lição de casa

  • O que os especialistas estão dizendo sobre meu setor?
  • Quais cenários precisam ser examinados mais de perto?
  • Quais projeções são relevantes para o seu papel na empresa?
  • Quais tecnologias emergentes podemos aplicar em nossa empresa?

Procure oportunidades crossover

Um exemplo a ser apresentado para este ponto é o futuro dos veículos autônomos que envolverá especialistas na área de Cyber Security em todos os estágios dos processos de desenvolvimento e produção. Testes rigorosos que incluem bugs globais, se tornarão primordiais nos processos com veículos autônomos da próxima geração.

Devido a todos os pontos listados acima é importante estar atento a essas previsões para aproveitar os benefícios que as novas tecnologias e comportamentos trarão, de modo que seja possível até otimizar a gestão empresarial do negócio. Além, é claro, de também proteger a empresa e os dados corporativos e pessoais sob sua custódia.



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Daniella Vendramini é gerente de Cyber Security da HLB Brasil.