Governo lança novo plano de política industrial com estímulos para empresas nacionais

Em uma coletiva no Palácio do Planalto, o governo federal anunciou o lançamento do novo plano de industrialização denominado "Nova Indústria Brasil". O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, liderou a reunião que marcou a aprovação da nova política industrial, onde foram destacadas as medidas destinadas a impulsionar o setor industrial brasileiro.

 O "Nova Indústria Brasil" foi elaborado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), composto por membros de 23 ministérios e 50 representantes de setores produtivos, ao longo do último semestre. As medidas anunciadas abrangem diversas áreas estratégicas, visando fortalecer a economia nacional nos próximos dez anos.

Entre as áreas prioritárias estão agroindústria, bioeconomia, complexo industrial de saúde, infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade, transformação digital e tecnologia de defesa.

Geraldo Alckmin apresentou as metas ambiciosas estabelecidas para 2033, destacando a intenção de aumentar a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário para 50%, atingir 70% de mecanização nos estabelecimentos de agricultura familiar e produzir internamente 70% da demanda por medicamentos, vacinas, equipamentos e tecnologias.

Outras metas incluem a redução de 20% no deslocamento casa-trabalho, através de medidas voltadas para moradia e mobilidade, e a transformação digital de 90% das empresas industriais, priorizando tecnologias como a robótica avançada. O plano também visa reduzir em 30% as emissões de CO2 na indústria, aumentando em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz de transportes, além de alcançar autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para a defesa nacional.

Alckmin ressaltou que a iniciativa está alinhada à "neoindustrialização" e revelou que os investimentos nos próximos quatro anos devem ultrapassar a marca significativa de R$ 300 bilhões. Estes investimentos serão impulsionados por entidades como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), consolidando o compromisso do governo em promover a inovação, o crescimento econômico e a competitividade das empresas nacionais.

Fonte: Agência Brasil e Portal Contábeis