Gestão da diversidade: como um ambiente receptivo é fundamental para o bem-estar e crescimento das empresas?
Por Felipe Pirajá
Trazer o debate sobre diversidade para a rotina das organizações é fundamental para a gestão, desenvolvimento e acolhimento dos profissionais dentro das empresas, como também um dever social empregado pela instituição.
O conceito de gestão da diversidade, surgiu desde a década de 1990 com os primeiros passos de mudanças no mercado de trabalho apresentados com a globalização, como a ascendência de mulheres no ambiente corporativo e o papel social dos negros, indígenas, das pessoas LGBTQI+ e de pessoas com deficiência (PcD).
Para se adaptar as mudanças sociais, as empresas passaram a apresentar cada vez mais a preocupação com a gestão de pessoas – peças fundamentais para o crescimento das organizações.
De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey em 2020 com mais de 693 companhias e 3.900 funcionários do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Panamá, empresas que investem em diversidade de gênero, raça e orientação sexual possuem desempenho financeiro maior do que as não diversas.
Ao investirem na diversidade, empresas demonstram acolhimento e respeito pelas diferenças e singularidade de cada um e, consequentemente, estimula o bem-estar de seus colaboradores que contribuem com desempenho e inovação em suas atividades diárias.
Entretanto, o apoio à diversidade deve ser algo enraizado nos valores e cultura de uma empresa e não somente uma obrigação social. As empresas além de atestar a pró diversidade, devem ser fundamentadas e ativas em sua estrutura organizacional, apresentando concretamente incentivos e oportunidades para diferentes características, orientações sexuais e gêneros – valorizando sobretudo a identidade de cada indivíduo da organização, não importando a hierarquia.
Esse processo de interesse e sensibilidade pelo outro promove o crescimento da cultura organizacional, além do reconhecimento da empresa entre os profissionais e o mercado. Diversas identidades com bagagens diferentes, auxiliam para ampliar novas competências para a sua organização e pode ser utilizado também como ferramenta para o crescimento da empresa e fontes de recurso, como criatividade e experiência.
Através de uma gestão efetiva de diversidade acompanhada por profissionais especializados e que possuem sensibilidade e empatia sobre o assunto, as organizações estarão cada vez mais preparadas para entregar um ambiente aberto, compreensível e respeitoso, com o objetivo único de valorizar os profissionais e seus talentos, além de proporcionar incentivos que contribuem tanto para o desenvolvimento pessoal do colaborador, quanto o corporativo – trazendo assim, vantagens para todos.
Felipe Pirajá é gerente de People and Culture