Bancos prorrogam dívidas de clientes por 60 dias
Por Juliana Salazar
Está medida têm por principal objetivo amenizar os efeitos negativos da pandemia do Covid-19 no emprego e renda dos brasileiros.
Ela foi adotada por Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para pessoas físicas, micro e pequenas empresas para os contratos vigentes em dia e limitados aos valores já utilizados. A medida não inclui dívidas no cartão de crédito, cheque especial e boletos de consumo geral, como água, luz, gás, internet e telefone.
De acordo com o comunicado divulgado pela Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAM), “os bancos estão engajados em continuar colaborando com o país com medidas de estímulo à economia”.
Negociação de empréstimos
Outra medida anunciada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) do Banco Central do Brasil (BCB), prevê facilitar a negociação de até R$ 3,4 trilhões em empréstimos para famílias e empresas que possuem boa capacidade financeira e mantêm operações regulares e adimplentes ativas, permitindo ajustes de seus fluxos de caixa.
A medida dispensa os bancos de aumentarem suas reservas de valor no caso de repactuação de operações de crédito que sejam realizadas nos próximos seis meses.
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), estima-se que aproximadamente R$ 3,4 trilhões de créditos possam se beneficiar desta medida, “cuja renegociação dependerá, naturalmente, do interesse e da conveniência das partes envolvidas”.
É preciso ficar atento ao renegociar dívidas, certos pontos deverão ser analisados com cuidado como:
- O banco está propondo uma pausa no contrato, sem cobrança de juros pelo período de suspensão?
- Confirme com o banco se não haverá acúmulo de prestações, passados os 60 dias, com as que estão por vencer.
- Verifique se haverá alteração na pontuação de crédito (credit rating), ao solicitar suspensão do contrato.
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Juliana Salazar é Diretora Financeira da HLB Brasil.
